500 milhões para eliminar violência contra as mulheres

O reforço das molduras legislativas e penais, das políticas e das instituições, de medidas preventivas, do acesso a serviços e a melhoria na recolha de dados relativos a África, Ásia, Região do Pacífico e das Caraíbas, serão algumas das principais áreas de intervenção do programa «Spotlight Initiative», promovido em conjunto pela União Europeia e ONU, para eliminar todas as formas de violência contras as mulheres e meninas.

Com um investimento previsto de 500 milhões de euros, o projeto alinha pelos princípios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e vai dar especial atenção às mulheres e jovens marginalizadas. O objetivo é combater qualquer forma de violência, mas será dada atenção especial à violência sexual ou de gênero, tráfico e exploração laboral e violência doméstica.

Para Antônio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, esta campanha «é verdadeiramente histórica», tendo em conta que «uma em cada três mulheres será vítima de violência ao longo da sua vida», o que contribui para destruir vidas e causar «grande sofrimento a todas as gerações».

Já a vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, sublinhou a vontade da União Europeia em «combater todas as formas de violência contra as mulheres e raparigas uma vez que fere direitos e valores fundamentais como a dignidade, o acesso à justiça e a igualdade de gênero».

A violência contra mulheres e raparigas é uma das maiores e mais comuns violações dos direitos humanos ao nível mundial. Mais de mil milhões de vidas são afetadas pela violência, estimando-se que 35 por cento das mulheres sejam vítimas de violência ao longo da sua vida, sendo que em alguns países este número é superior a 70 por cento.

Há ainda mais de 700 milhões de mulheres em todo o mundo que foram obrigadas a casar antes dos 18 anos, sendo que cerca de 250 milhões casaram com menos de 15 anos. Pelo menos 200 milhões de mulheres e raparigas foram vítimas de mutilação genital feminina em 30 países.

Fonte: Fátima Missionária | Foto Lusa

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