“A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” é tema do 9º Encontro de Formação Missionária para Seminaristas (Formise) Nacional que acontece ao longo desta semana, dias 16 a 21, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF). A formação reúne 60 seminaristas de todos os regionais da CNBB que, nesta terça-feira, 18, refletiram sobre a missão como fundamento do ministério presbiteral. O tema foi apresentado pelo padre Jaime Luiz Gusberti, secretário executivo do Centro Cultural Missionário (CCM). Publicamos, a seguir, uma síntese das principais colocações do assessor.
Frente aos desafios da modernidade, precisamos “construir uma cultura do encontro”. “Precisamos de uma Igreja nas ruas, fora da zona de conforto e da onda da autorreferencialidade”. Somos chamados ao seguimento de Jesus Cristo, fixando nossos olhos Nele ter os mesmos sentimentos de Cristo. Tal como Jesus, também somos enviados e missionários. Precisamos nos gastar com o próximo. “Eis me aqui, envia-me” (Is 6,8). Refletimos sobre a missão como fundamento da Vida Presbiteral. A Igreja peregrina é missionária por natureza / essência. Esta essência é a própria essência de Deus que é amor, um amor que transborda, que se comunica, que sai de si.
A missão é uma paixão por Jesus e simultaneamente, uma paixão pelo seu povo. A casa de Jesus era o pó da estrada. “Ele quer servir-se de nos para chegar cada vez mais ao seu povo amado” (EG 268). Somos Discípulos Missionários de Jesus Cristo. Por isso “os seminários formem discípulos Missionários enamorados do Mestre, pastores com o cheiro de ovelha” (Ratio Fundamentalis). A amizade com Jesus se manifesta no amor pelos pobres. Com eles o presbítero precisa aprender a ser desprendido e generoso. (Papa Francisco). E como a missão acontece na vida do presbítero ?
Pelo exercício da caridade pastoral. Jesus passou a vida na terra fazendo o bem. “Que queres que eu faça? Era a pergunta de disponibilidade de Jesus a serviço do próximo. O desafio não é celebrar os sacramentos mas transformá-los em missão.
A metáfora da “Tenda” (Is 54,2-4) muito nos ensina. O desafio é passar da casa para a Tenda, isto é, de uma pastoral fixa para uma pastoral móvel. Missão é abrir caminho, por isso ela precisa ser pensada, rezada e planejada. Não é uma aventura que se faz de qualquer jeito.
Por fim, como futuros presbíteros precisamos de sete atitudes para vivermos o ministério: sentir, tocar, ouvir, amar, ver, rir e saborear.
Lembremos do testemunho do Marcelo Ávila, nosso irmão seminarista que estuda na República dos Camarões, África nos disse: “Na missão aquele nada que você faz pode significar tudo para o outro”.
(Síntese elaborada pelos seminaristas Lucas André Stein, Fabiano Francisco da Silva e Ricardo Witt).
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