Corrente Solidária destina doação aos povos indígenas do Vale do Javari

O projeto Corrente Solidária, ação realizada pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé, realizou a doação de R$ 11.886,50 aos povos indígenas do Vale do Javari, no Amazonas. Localizado no extremo oeste do estado do Amazonas, o Vale do Javari possui 8,5 milhões de hectares de floresta equatorial.

O recolhimento da ajuda iniciou em julho deste ano e no dia 25 de agosto foram destinados os recursos para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – UNIVAJA, entidade civil sem fins lucrativos, com sede na cidade de Atalaia do Norte (AM).

Segundo Pe. Badacer Neto, secretário da Obra da Propagação da Fé, a Corrente Solidária é o ponto alto do exercício mensal da solidariedade concreta vivida durante o ano pelos jovens missionários. “Neste momento o fruto do sacrifício como cooperação missionária, e expresso em gesto de solidariedade concreta, é realizado na destinação dessa ajuda a uma realidade sofrida de nosso povo e da Igreja. Essa doação é fruto da solidariedade dos grupos da Juventude Missionária do Brasil, bem como, de iniciativas das Famílias Missionárias. Nossa gratidão pelo testemunho missionário, mesmo em tempo de sofrimento e dor que a pandemia nos impôs”, lembrou Pe. Badacer.

Terra Indígena do Vale do Javarimapa (1)
O Vale do Javari é um território habitado pelos diversos povos, muitos dos quais ainda vivem em isolamento voluntário. É uma reserva homologada pela União em 2001. A Terra Indígena do Vale do Javari é a segunda maior reserva indígena do país que concentra os recursos naturais ainda intacta.

O cenário de extermínio de alguns grupos étnicos é um fator de alerta para o mundo. A resistência por preservar seus territórios tem sido motivo de mortes, principalmente onde há concentração de madeiras, principal alvo dos extratores ilegais. Também a contaminação de doenças virais como a gripe tem sido causa de mortes.

A UNIVAJA tem o comprometimento de trabalhar nas bases e no território do Vale do Javari na articulação dos povos indígenas e suas comunidades na defesa de direitos. Ao todo, são beneficiadas 54 aldeias, formando um total de 1.006 famílias.

A entidade está ligada em sua base às seguintes organizações: Associação de Desenvolvimento Comunitário do Alto Rio Curuçá – ASDEC; Associação Indígena Kulina do Vale do Javari – AIKUVAJA; Associação Indígena Matis – AIMA; Associação Kanamary do Vale do Javari – AKAVAJA; Associação Marubo de São Sebastião – AMAS; Associação Mayuruna do Alto Jaquirana – AMAJA; Organização das Aldeias Marubo do Rio Ituí – OAMI; e Organização Geral dos Mayuruna – OGM.

 

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