“A viagem do papa ao Egito, depois do duplo atentado, adquire uma luz mais profunda naquilo que podemos chamar o sentido profético de suas viagens, quando anuncia um mundo novo feito de fraternidade, reconciliação, justiça e paz”.
A avaliação é do Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, ao comentar ao canal italiano TV2000 o ataque terrorista contra duas igrejas coptas no Egito e a viagem do Pontífice.
“O papa com esta viagem – sublinhou o purpurado – quer justamente reafirmar que sem fraternidade, diálogo, reconciliação entre os homens pertencentes às diversas religiões, será muito difícil construir uma nova humanidade, feita de respeito pela dignidade da pessoa e de seus direitos. Neste sentido, o Papa quer reiterar que, não obstante os atentados, é possível criar um mundo novo no respeito da pessoas humana”.
“Estes nossos irmãos coptas-ortodoxos mortos no domingo – concluiu o Cardeal Sandri – são mártires da Igreja”.
Patriarcado copta-católico: o terrorismo não nos deterá
Já o Vigário do Patriarcado Copta-católico, padre Hani Bakoum, declarou na segunda-feira ao telejornal da mesma emissora, terem recebido no cairo “a confirmação de que o programa do Papa no Egito permanecerá o mesmo”. “Nós, como povo cristão egípcio – continuou – ainda acreditamos em Deus. Continuamos a celebrar as nossas Festas, fazemos todas as nossas atividades religiosas como tínhamos previsto. O terrorismo não nos deterá nunca”.
“Ontem foi um dia triste para o Egito – disse o Vigário ao enviado da emissora ao Egito, Maurizio Di Schino. Os terroristas querem amedrontar o povo cristão para que não rezem mais e não participem das Festas. O terrorismo quer semear nos corações dos cristãos do Egito a convicção de que este não é mais o país deles e não é mais um local tranquilo para viver e rezar”.
Fonte: Rádio Vaticano