Famílias de Recife mostram a alegria do Evangelho na Igreja domestica

por Osnilda Lima

O 4º Congresso Missionário Nacional que acontece em Recife (PE), traz como tema “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. O evento que iniciou na quinta-feira, 7 e se estende até domingo, 10, reúne no Colégio Damas, 700 representantes dos 18 Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).Ivanildo e Cristina

O diferencial dos Congressos Missionários é a interação com as famílias anfitriãs do encontro, pois os missionários são acolhidos em suas residências. Para este 4º Congresso foram organizados 450 locais de hospedagem entre famílias e instituições religiosas que recebem os congressistas, nos oito vicariatos da arquidiocese de Olinda e Recife.

Para a acolhida Foram mobilizados casais do Encontro de Casais com Cristo (ECC), Pastoral Familiar e Equipes de Nossa Senhora. “A gente percebia a alegria e a ansiedade das famílias à espera”, conta Ivanildo Batista da Silva, que com a esposa Maria Cristina da Silva, coordenam a Comissão Vida e Família da Arquidiocese e foi a responsável pela articulação e organização da acolhida dos missionários.

Ivanildo ressalta que houve uma interação entre as pastorais e movimentos. “Todos por uma causa. Doação completa por parte de todos. Mexeu com a arquidiocese, conectou. Está sendo uma escola. O grande diferencial para nós, neste Congresso, foi a unidade. Não há protagonismo individual, mas comunitário”, sublinha.

Marcelo .Marcelo Viana, do Regional Noroeste da CNBB (Sul do Amazonas, Rondônia e Acre), conta que nessa dimensão de ser hospedado nas famílias; o Congresso excede a programação do evento. “É uma experiência muito gratificante. Tudo faz parte do Congresso, desde a preparação para chegar até aqui, a permanência com a família e o Congresso em si”, enfatiza Marcelo, que é da Prelazia da Lábrea (AM). O missionário ainda ressalta: “As nossas famílias são muito acolhedoras, há muito afeto, carinho e preocupação no acolhimento. Eles fazem de tudo para que verdadeiramente nos sintamos em casa. Sandra Zambon, do Regional Sul 3 da CNBB (Rio Grande Sul), também reforça sobre a acolhida nas famílias. “Há quase que um excessivo cuidado no acolhimento. As famílias se sentem muito responsável pela gente”, enfatiza.

Sobre a presença dos missionários, de todo o Brasil na arquidiocese de Olinda e Recife, Ivanildo sublinha que tem a esperança de que o Congresso seja motivador, que possa trazer mais animação e ardor missionário para a arquidiocese que está em estado de missão permanente. “Mas sobretudo numa atuação missionária em conjunto, não de forma individual por pastoral ou movimento. É certo que cada grupo tem sua mística e espiritualidade, mas o trabalho de evangelização precisa ter essa interconexão para que possamos entrar em todos os espaços onde o povo está, seja nas moradias verticalizadas, nos apartamentos, ou nas casas onde os muros isolam, ou nas ruas”, desafia.

“Evangelizar dentro da igreja é fácil. E fora? Minha esposa e eu, na missão que exercemos, constantemente nos vemos desafiados em como, efetivamente, ser uma Igreja em saída, mesmo que ela se arranhe, se machuque. Mas precisamos estar nas ruas ao encontro daqueles que mais Lucineia e Marioprecisam: seja o jovem que está se drogando, seja a família que está passando por crises. Precisamos nos esvaziar de nós mesmos para acolher e ajudar as pessoas que estão precisando. Que esse congresso desperte uma inquietude em casa casal arquidiocesano, de ser em saída” adverte.
Nesse sentido, Lucinea de Lima Verissimo, com e esposo Mario Jorge Veríssimo, que se colocaram no serviço de apoio à hospedagem dos missionários, lembra que ocorreram desafios na articulação, “mas não podemos nos fechar nos obstáculos pois nossa missão está além das limitações, esta sim no servir e sair ao encontro das pessoas”. Jorge acrescenta: “não há missão sem sacrifícios, mas há muita alegria e gratificação no viver a missão de servir”.

Clovis da Silva filho, que faz parte do ECC, e está prestando serviço na equipe de alimentação, conta Clovisque o setor em que atua recebeu 20 missionários. “Em minha família recebemos uma missionária. A gente se prepara para receber uma pessoa que a gente não sabe quem é, mas fica imaginado como será essa pessoa. E ficamos ansiosos pela sua chegada. É muito gratificante receber o missionário”, ressalta Clóvis.

“Não podemos ficar cada um em seu quadrado, essa questão fatiada não favorece. Não adiante querer montar um lego que não há encaixes. Nossa arquidiocese é um lego, cada peça tem seu valor que no montante tem uma beleza total, por isso todos são importantes”, complementa Ivanildo.

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Assessoria de Comunicação do 4º CMN.

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