por Luciana Falcão
A alegria estampada no rosto dos ouvintes na última conferência do 4º Congresso Missionário Nacional (4º CMN) deixou à vista o tema apresentado pelo arcebispo metropolitano de Curitiba (PR), dom José Antônio Peruzzo: “A alegria do Evangelho”. O bispo, que tem como lema episcopal “Fazei discípulos e ensinai”, mostrou aos 700 congressistas reunidos no Teatro do Colégio Damas em Recife (PE), que a alegria de evangelizar é plena, diferente da euforia do sucesso.
A explanação de dom Peruzzo partiu da afirmação do papa Francisco de que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”, lembrando que com Ele, renasce sem cessar a alegria. “A alegria do missionário, portanto, não se baseia em suas conquistas, mas na experiência de Deus”, disse o arcebispo de Curitiba.
Permeada de bom humor, a participação do arcebispo como conferencista no Congresso fez ver que, nas citações bíblicas, Jesus está sempre “a caminho”, de um povoado a outro. A atitude de Jesus, segundo o arcebispo, mostra que faz parte da natureza do batizado ser missionário, e que ao nos dispormos seguir Jesus, sendo discípulos, precisamos assumir essa atitude missionária. “A missão não é uma alternativa benevolente do discípulo, mas uma condição de seu ofício”.
Em partilha da Palavra, dom Peruzzo refletiu sobre partes do Evangelho, observando que a “alegria” está presente desde o anúncio do anjo a Maria até a última experiência, quando Jesus se despede por ocasião de sua ascensão. “Não é possível se levar uma boa nova com a cara amarrada, como se anunciasse o contrário”, comentou. “O termo alegria inovou a forma de se cumprimentar à época, que era de desejar paz, introduzindo essa inspiração de movimento”.
Para a recifense Joana D’Arc, congressista da arquidiocese de Olinda e Recife, a conferência de dom Peruzzo foi uma injeção de ânimo em seu ofício missionário. “Ele evangelizou com alegria e mostrou que não podemos desanimar diante das dificuldades, porque mais importante é agradar a Deus, seguindo na missão”, comentou. A congressista de Recife se refere ao momento em que dom Peruzzo lembrou que muitos missionários sofreram violência, foram presos e até morreram em missão, mas viveram na alegria da fidelidade a Deus. Nas palavras do arcebispo em sua conferência, “os nomes dos missionários estão escritos no céu e fazem parte da memória afetiva de Deus”.
No encerramento, dom Peruzzo fez questão de lembrar que os difamados foram os primeiros a receber a Boa Nova, fazendo referência aos pastores que ouviram do anjo a notícia do nascimento do Salvador, e afirmou que os missionários devem seguir essa dinâmica – pelos menos favorecidos.
O 4º Congresso Missionário Nacional segue sua programação com oficinas, celebrações nas comunidades e partilha de resultados. Às 11h do domingo, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, preside a Missa de Envio, que encerra o Congresso.
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Assessoria de Comunicação do 4º CMN | Fotos: Patryck Madeira