Durante os dias 21 e 22 de setembro, a comunidade São José Operário, em São Sebastião do Caí, acolheu a 5ª Formação Estadual da Juventude Missionária do Rio Grande do Sul. O encontro, que reuniu cerca de 50 jovens de diversas dioceses do estado, refletiu a importância da missão permanente de cada um e do grupo de jovens.
Com a assessoria da missionária ad gentes Victória Holzbach, da Arquidiocese de Passo Fundo, os jovens foram provocados a refletir em primeiro lugar a questão: “Eu sou um missionário(a)?” Inspirados no envio dos 72 discípulos, pelo Evangelho de Lucas, os participantes foram instigados a pensar sobre o que é missão e o que é ser missionário.
A partir desta ideia e da partilha da assessora sobre sua missão em Moma, Moçambique, os participantes da formação tiveram a oportunidade de viver a sua missão permanente como Batizados e Enviados, conforme propõe o Mês Missionário Extraordinário. Enviados em duplas e trios, os jovens visitaram as famílias moradoras do bairro, encontrando a comunidade, conhecendo sua realidade e partilhando o Evangelho e a Paz.
Júlia Lourensi, da cidade de Caraá, relata sua experiência: “O que mais me marcou foi a casa de uma senhorinha que mora sozinha porque o filho está preso lá em Charqueadas por causa de drogas. Ela disse que esconderam drogas na casa dele. Já era pra ele ter saído há um mês, mas ainda não saiu. Ela ganha só um salário e ainda tem que mandar dinheiro pra ele, além dos gastos da casa e com remédio. Ela é bem religiosa e sempre que pode vai na missa de bicicleta, imagina só! Ela explicou que não vai ali na comunidade São José, só na paróquia mesmo porque é muito julgada pelo que aconteceu com o filho dela. A outra vizinha disse que ela passa a maioria dos dias trancada em casa e percebi mesmo que ela se sente bem sozinha. É claro, sem ninguém pra conversar. Conversou um monte com a gente e contou bastante coisa sobre a vida dela”.
Junto com a comunidade local, os jovens participantes da formação celebraram também o terço missionário e a missa, presidida por Dom Adilson Busin, bispo referencial para a missão no Regional Sul 3.
Douglas Campos, membro da coordenação estadual da JM, explica que o encontro tem como incentivo o fortalecimento do carisma e da espiritualidade missionária, trazendo a partilha dos grupos. “Buscamos sempre trabalhar temas que além de serem vivenciados e trabalhados nas bases e em seus meios façam com que o jovem tenha uma reflexão sobre sua caminhada enquanto missionário. Além disso, procuramos sempre também trazer a vivência missionária, que nos faz refletir sobre o papel da missão no espaço aonde nós vivemos”, conclui o jovem.
A Juventude Missionária do Rio Grande do Sul também realiza nestes dias o planejamento de atividades para o próximo ano, que inclui o Acampartilha, em janeiro de 2020.