Hoje, milhares de pessoas foram às ruas para mais uma edição do Grito dos/as Excluídos/as. Com o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”, o povo brasileiro mostrou que não está apático diante da conjuntura atual pelo qual passa nosso país, dilacerado com um golpe institucional e com uma série de medidas que ameaçam a dignidade de homens, mulheres e crianças que formam essa nação tão aguerrida.
Gritamos pela democracia, contra os desmandos do Estado, denunciamos as violações que aumentam a exclusão e favorecem os mais ricos, gritamos por justiça, por educação, saúde, saneamento básico, pela liberdade e soberania, denunciamos esta máfia midiática manipuladora. Nossos gritos lembram sempre o respeito à diversidade, contra a homofobia, o machismo que mata, denunciam os aparatos militares que exterminam nossos jovens – a maioria negros e pobres. Sim, gritamos o “Fora Temer”. Não vamos ficar calados quando roubam nossa democracia e liberdade cidadã.
O Grito dos/as Excluídos/as veio para dizer que o povo tem voz. E que voz! Que os ecos desses gritos possam ser escutados ao longo de muito tempo, que possam ecoar em alto volume para que nunca se esqueçam que nós, povo, temos poder. Temos as ruas! Que não deixem o Estado dormir em seu silêncio cúmplice e confortável enquanto milhares estão tendo sua dignidade ferida.
Sabemos que não terminamos essa caminhada hoje. Como nos recorda o lema, a luta é todo dia. Insistimos em afirmar que o Grito não é um evento, portanto não cabe em números para estampar manchetes. É bem mais do que isso! Nenhum número expressaria a grandeza de um povo excluído que se liberta. O Grito é um processo que ao longo de seus 23 anos vem sendo construído coletivamente, com muitas mãos, mentes e corações.
Aplaudimos a todos e todas! A cada um e cada uma que se dedicou a levar um cartaz, a fazer uma atividade, a se colocar em marcha pelas ruas de 25 estados do país. Sabemos que esse tempo nos pede coragem e ousadia. E com muita fé e esperança num mundo melhor, estamos juntos e juntas na defesa da Casa Comum e pela verdadeira independência do Brasil.
Vida em primeiro lugar
Secretaria Nacional do Grito dos/as Excluídos/as
7 de Setembro de 2017