Secretário da Propagação da Fé apresenta dissertação de mestrado na Universidade Católica de Pernambuco

No dia 11 de agosto, Pe. Genilson Sousa, secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, apresentou a dissertação pública como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Teologia. A área de concentração foi teologia sistemática-pastoral, sendo a linha de pesquisa “Teologias e Temas de Fronteiras”. O tema da dissertação foi “a singularidade do sacrifício de Cristo: uma abordagem ético teológica a partir da obra de René Girard”.

Segundo Pe. Genilson, o tema sobre o sacrifício é bem discutido ao longo da história da humanidade. Até mesmo no cristianismo essa temática é marcada pela crucificação de Cristo. No entanto, é preciso ficar atento no que diz respeito aos sacrifícios e o que tem de singular em Cristo. Assim, a dissertação apresentada se baseia em detectar o que levou os seres humanos a buscarem a resoluções dos conflitos através de mecanismo, dentre eles o bode expiatório, o sacrifício de vítimas para apaziguar as relações e conflitos. Ao mesmo tempo o sacrifício de Cristo quer mostrar a sua ação livre diante das acusações a ele apresentadas.

Porém, ainda lembra o secretário, na entrega de Jesus revela os autoengano humanos e ao mesmo tempo o Deus que é o grande defensor das vítimas de todos os tempos. Desse modo, o tema traz luzes para as questões da fé cristã hoje marcada pela violência, ódio, indiferença, e de como nós cristãos entendemos essa singularidade do sacrifício de Cristo na nossa prática diante dessa realidade marcada pela forte presença de conflitos.

Por fim, Pe. Genilson destaca que as Pontifícias Obras Missionárias em seu carisma missionário sempre apresentam a participação de cada batizados na missão de Deus através da oração, solidariedade e sacrifício. Sacrifício aqui deve ser entendido o estilo de vida, a vida doada, uma vida a serviço de todas as pessoas. Também é a vida oferecida como dom, graça pelo bem de todas as pessoas, em especial, dos mais fracos, marginalizados excluídos e vitimados. É aquele que é capaz de agir com compaixão, com espírito samaritano mesmo sendo perseguido. Nesse caso é aquele que coloca em prática as palavras das bem-aventuranças: feliz sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim…pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós (Mt 5,11-12).

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