por Elisabeth Miguel Espinhara*
Sou religiosa da congregação das Missionárias de Maria, as Irmãs Xaverianas. Passei 12 anos fora do Brasil dentre os quais oito no Chade – África. Voltei ao Brasil em dezembro de 2015 e moro na paróquia Nossa Senhora das Graças na Região Brasilândia, na periferia de São Paulo.
Logo quando cheguei encontrei Mônica, que me expressou o desejo de fazer uma experiência missionária além-fronteiras. Pensei: “Enviar uma jovem da periferia de São Paulo para a missão? Impossível! Mas vamos colocar este sonho nas mãos de Deus. Se vier dele, vai se realizar!” E aconteceu que em vez de uma, surgiram duas jovens missionárias! Pois é: “Jesus os enviou dois a dois”!
Ana Paula Aparecida de Oliveira de 20 anos, está cursando o último ano de Gestão de Turismo na Faculdade de Tecnologia de São Paulo, a FATEC-SP.
Maria Mônica Mendes, tem 22 anos, estuda na mesma faculdade Automação de Escritórios e Secretariado Executivo.
Ambas moram no bairro do Morro Doce, Zona Oeste de São Paulo e são atuantes em várias pastorais na comunidade Nossa Senhora da Esperança pertencente à paróquia Nossa Senhora das Graças na Região Brasilândia.
Este sonho tornou-se possível por meio do JUMP (um salto na fé), formação organizada pelos missionários do Pontifício Instituto para a Missão no Exterior (PIME), juntamente com os missionários e missionárias Xaverianos e as missionárias da Imaculada.
A formação JUMP é feita no Centro de Animação Missionária do PIME em Ibiporã no Paraná, para jovens de 18 até 30 anos. O objetivo é despertar o ardor missionário nos jovens de modo que eles mesmos sejam a expressão missionária de uma Igreja em saída como nos pede papa Francisco.
O envio de Ana Paula e Mônica aconteceu neste domingo, 26 de novembro, na paróquia São Pedro Apóstolo, Região Belém, na arquidiocese de São Paulo, durante missa presidida por dom Luiz Carlos, bispo referencial para a missão.
As duas jovens devem partir para Tailândia no dia 31 de dezembro deste ano, para uma experiência missionária de um mês.
Este sonho foi possível porque muitas pessoas aceitaram de fazer parte desse projeto. Foram muitas ofertas vindas de pessoas e organismos. Somente para as passagens o custo foi de quase 12 mil reais.
Na realização deste sonho podemos contemplar a missionariedade da nossa Igreja. Pois missão é feita com os pés dos que partem, com os joelhos dos que rezam e com as mãos de quem ajuda.
Agradecemos a todos que renunciaram a algo para que este sonho missionário pudesse se realizar.
* Irmã Elisabeth Miguel Espinhara é coordenadora do Conselho Missionário Arquidiocesano (COMIAR) – São Paulo.