Em mensagem aos diretores das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Papa recordou Paulina Jaricot através da conversão missionária, da oração e concretude da caridade. Já o Pe. Maurício Jardim, coordenador das POM do Continente Americano e diretor nacional das POM no Brasil afirmou que a beatificação da leiga francesa neste domingo (22) será um grande impulso para “a universalidade da missão que não se esgota na nossa paróquia”.
A fundadora da Obra para a Propagação da Fé e do Rosário Vivo, Paulina Jaricot, será beatificada neste domingo (22) em Lyon, na França, em cerimônia presidida pelo representante do Papa Francisco, o cardeal Luis Tagle, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Já como representante brasileiro estará presente o Padre Maurício Jardim, coordenador das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Continente Americano e também diretor nacional das POM no Brasil – país que, neste ano, tem vários motivos de comemoração.
Segundo o coordenador continental, a Igreja do Brasil celebra em 2022 um Ano Jubilar Missionário a começar pelos motivos nacionais que remontam 1972, ou seja, os 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional, do Projeto Igrejas Irmãs, das campanhas missionárias e a criação do Cimi no Brasil. Além disso, acrescenta o Pe. Mauricio, os motivos internacionais: os 400 anos da criação da Congregação para a Evangelização dos Povos, os 200 anos que Paulina Jaricot fundou a Propagação da Fé, os 100 anos que o Papa Pio XI deu o caráter pontifício.
Papa recorda Paulina Jaricot
O próprio Papa Francisco, na última segunda-feira (16), enviou mensagem aos 120 diretores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias reunidas em Assembleia Geral em Lyon até a próxima segunda-feira (23). Ele recordou do testemunho de Paulina através da conversão missionária, da oração e concretude da caridade. E o Pe. Maurício, em entrevista a Silvonei José do Vatican News, acrescentou:
“Aqui em Lyon nós vamos celebrar, junto com assembleia geral das Pontifícias Obras Missionárias, a beatificação de uma leiga e mulher, da cidade de Lyon, que através de um grupo de operárias da fábrica do seu pai, iniciou a primeira rede mundial de oração e solidariedade em favor da missão ad Gentes. Ela tinha um irmão padre e convidou esse grupo de operárias a rezar pelas missões e apoiar financeiramente as missões ad Gentes.”
Ainda segundo o Pe. Maurício, essa beatificação “é um grande impulso para as POM em todo mundo”. Paulina tinha 23 anos quando fundou o organismo para apoiar a atividade missionária da Igreja.
“Paulina é um testemunho, sofreu muito com isso: imagina 200 anos atrás, ela como mulher, leiga, aqui na Europa, criando o que primeiro era chamado de uma Associação da Propagação da Fé. A rede começou pequena em Lyon, depois foi expandido em toda a França e em toda a Europa até que o Papa Pio XI deu esse caráter pontifício pra dizer que são Obras do Papa, em favor, em função e a serviço das dioceses do mundo inteiro. Então, ela que iniciou com essa intuição. A gênese das POM é uma gênese carismática com uma leiga que tem essa intuição do Espírito, de sempre pensar na missão ad Gentes, na universalidade da missão que não se esgota na nossa paróquia, da nossa comunidade, na nossa diocese, mas a missão que é universal.”
Fonte: Vatican News