O Jubileu dos Missionários representou um momento de profunda renovação espiritual e eclesial no contexto da missão ad gentes. Inspirado pelo tema “Missionários da esperança entre os povos”, o evento valorizou a missão universal da Igreja. Realizado em Roma nos dias 4 e 5 de outubro, o Jubileu constituiu uma oportunidade privilegiada de comunhão, oração e reflexão sobre a essência missionária da Igreja. O Pe. Rafael López Villaseñor, Secretário Nacional da União Missionária, participou do encontro representando as POM.

Na manhã de sábado, 4 de outubro, o Papa Leão XIV inaugurou o Jubileu com uma audiência solene na Praça de São Pedro, às 10h, seguida pela peregrinação à Porta Santa da Basílica Vaticana. Em sua catequese, o Pontífice refletiu sobre as palavras de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,24), sublinhando o chamado à fidelidade e à unidade do coração diante de Deus. Sua mensagem destacou a centralidade da graça e da conversão na vida missionária, recordando que a missão nasce de um coração totalmente entregue a Cristo e ao serviço do próximo.

Na parte da tarde, a Pontifícia Universidade Urbaniana, instituição de referência na formação missionária, acolheu o Encontro Missionário Internacional, realizado em sua Aula Magna às 17h. O evento reuniu representantes de diversas realidades missionárias, promovendo o intercâmbio de experiências e a reflexão conjunta sobre os desafios contemporâneos da evangelização.

Às 21h, foi recitado o Terço Missionário, rezado em várias línguas e acompanhado de uma procissão com a imagem de Nossa Senhora Rainha das Missões. O segundo mistério, oferecido pela América, foi rezado em duas línguas: cinco Ave-Marias em quéchua e cinco em português, simbolizando a riqueza cultural e espiritual da missão no continente.

No domingo, 5 de outubro, o Papa celebrou a Santa Missa na Praça de São Pedro, dirigindo-se de modo particular aos missionários e aos migrantes. À tarde, nos jardins do Castelo de Santo Ângelo, realizou-se o Festival dos Povos, momento de fraternidade e celebração que reuniu danças, cantos, performances artísticas e testemunhos de migrantes, refugiados e missionários de diversas partes do mundo.

O Jubileu dos Missionários configurou-se, assim, como uma expressão concreta da comunhão eclesial e da renovação do ardor missionário. As celebrações, marcadas pela oração, pela partilha e pelo testemunho, reafirmaram o compromisso da Igreja com a missão ad gentes e com a construção de uma esperança ativa e transformadora no mundo contemporâneo.

Por Rafael Lopez Villasenor, Secretário da Pontifícia União Missionária