Vaticano: as Pontifícias Obras Missionárias entre história e atualidade

O arcebispo dom Giampietro Dal Toso destaca um ponto fundamental na vida das Pontifícias Obras Missionárias: “cem anos atrás, em 3 de maio de 1922, o Papa Pio XI quis que as três primeiras Obras se tornassem Pontifícias e as confiou à Congregação de Propaganda Fide: desta forma, fez delas o principal instrumento através do qual o Papa, com a ajuda das Igrejas locais do mundo inteiro, apoia a atividade missionária tanto idealmente quanto materialmente”

Evolução histórica e desafios atuais. Esta foi a perspectiva com que o presidente das Pontifícias Obras Missionárias, dom Giampietro Dal Toso, apresentou as Pontifícias Obras Missionárias (POM) em sua evolução histórica, mas sobretudo em sua relação com a Congregação de Propaganda Fide primeiro e a Evangelização dos Povos depois, falando na conferência que se realizou em Roma, na Pontifícia Universidade Urbaniana, de 16 a 18 de novembro.

O arcebispo Dal Toso traçou em um caminho histórico a origem das quatro Obras Pontifícias, sua presença nos documentos oficiais dos últimos 100 anos e depois se debruçou sobre a relação com a Propaganda Fide, concluindo seu pronunciamento com algumas reflexões sobre o futuro das próprias Obras, duzentos anos após a fundação da Obra da Propagação da Fé, que foi a primeira a ser fundada em 3 de maio de 1822, inspirada pela beata Pauline Jaricot.

A rápida e capilar difusão das Pontifícias Obras Missionárias
Ao falar sobre o nascimento e desenvolvimento das Obras Missionárias, dom Dal Toso enfatizou que sua rápida e capilar difusão foi possível devido ao forte senso missionário que estava presente na época. Um elemento que deu um grande impulso missionário foi a imprensa e as cartas dos missionários, que foram decisivas para ganhar o interesse e o envolvimento dos fiéis.

O arcebispo destacou um ponto fundamental na vida das Obras: “cem anos atrás, em 3 de maio de 1922, o Papa Pio XI quis que as três primeiras Obras se tornassem Pontifícias e as confiou à Congregação de Propaganda Fide: desta forma, fez delas o principal instrumento através do qual o Papa, com a ajuda das Igrejas locais do mundo inteiro, apoia a atividade missionária tanto idealmente quanto materialmente”.

Fé, missão, universalidade
O presidente das Pontifícias Obras Missionárias lembrou a peculiaridade da estrutura: desde 1995, tem sido a prática comum que o presidente das Pontifícias Obras Missionárias é o mesmo para todas as quatro Obras e é ao mesmo tempo secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos, agora, com a entrada em vigor da Constituição apostólica Praedicate Evangelium do Papa Francisco, a partir de 5 de junho de 2022, Dicastério para a Evangelização.

O arcebispo destacou o carisma que determina a espiritualidade específica das POM, enfatizando que a oração, a caridade e a in/formação são os três instrumentos através dos quais ele é realizado, e usou três conceitos, fé, missão, universalidade, para descrevê-lo.

Ajudar cada fiel a viver sua fé em sua essência
Dom Dal Toso esclareceu: “creio que o carisma das Obras é precisamente o de ajudar cada fiel a viver sua fé em sua essência como uma fé missionária e universal. Não é algo que se sobrepõe à fé, mas que ajuda a viver a fé em sua integridade”.

Por fim, o arcebispo indicou três linhas de trabalho para o futuro: maior colaboração com as Igrejas locais; despertar o sentido missionário; manter viva, em sintonia com o Magistério dos Pontífices, a preocupação com a missio ad gentes. Dom Dal Toso concluiu: “contribuir para a vida da Igreja para a salvação do mundo é uma responsabilidade que nos acompanha também para o futuro”.

Fonte: Vatican News

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