O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, participou na manhã desta sexta-feira, 30 de julho, da aula de encerramento do 3º módulo da pós-graduação Latu Sensu em Missiologia, realizada pelo Centro Cultural Missionário (CCM) em parceria com a Faculdade de Teologia (Fateo) de Brasília (DF).

O secretário-geral da CNBB fez uma breve reflexão com o tema da aula ‘juventudes’ e falou sobre o desafio missionário lembrando as palavras de São Paulo quando diz que o que se recebe do Senhor se transmite e se passo a diante.

“Primeira coisa que me chama atenção, me alegra é ver a Igreja agindo, fazendo missão, formando gente apesar da pandemia e das normas de distanciamento. Eu diria que chega a ser um orgulho. Segundo, como já indique uma alegria muito grande com o tema missão que é um tema sempre prioritário. Quando criança eu aprendi que como uma bicicleta que só fica em pé quando se movimenta – foi a imagem que passaram pra mim de missão, assim é a Igreja que não pode parar de viver a missão. Ainda mais agora em que ela se torna uma urgência, nesses tempos tão desencontrados, tão atrapalhados, tão cheios de incertezas e de rumos que são apresentados, a missão se torna, a meu ver, a urgência das urgências”, ressaltou.

Dom Joel agradeceu ainda ao CCM e à direção da faculdade, ao corpo docente formado especialmente para esse curso. “Meu agradecimento especial às alunas e alunos pelo empenho em não se deixarem vencer pelo desânimo e claro, agradecer, a Deus e nos sustenta em meio as adversidades do dia a dia. Deus nos sustenta enviando, Deus nos envia sustentando”, disse.

O encerramento do terceiro módulo do curso foi com a disciplina “Juventudes e diálogo intergeracional”, aprofundada e refletida pela doutoranda em Sociologia da Universidade de São Paulo e professora do Curso de Especialização Juventude no Mundo Contemporâneo da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), Vanessa Aparecida Araújo Correia.

Neste módulo, os 45 alunos também aprofundaram as seguintes matérias Missão e Iniciação à Vida Cristã; Animação e Cooperação Missionária; Sujeitos, Modelos e Paradigmas da Missão; Missão, Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e Dimensão humano-afetiva na Missão.

A Victória Holzbach, 30 anos, missionária em Moçambique de 2016 a 2019, jornalista da assessoria de comunicação da CNBB Sul 3 e também coordenadora do Conselho Missionário Regional, disse que integrar esta primeira turma da pós-graduação em Missiologia foi um caminho de descobrimentos e muita construção.

“Fomos feitos missionários e missionárias por nosso batismo e durante a vida assumimos a missão de Deus de diversas formas, na pluralidade dos nossos ministérios. A pós em Missiologia abriu caminhos para que nossas missões fossem também se transformando em reflexão e teoria, iniciando a nossa formação de missiólogos e missiólogas”, ressalta.

Ela destaca que a formação a fez pensar e rever a experiência dela como missionária ad gentes em Moçambique a partir de um novo ponto de vista.

“Este caminho de dois anos na pós me ajuda a construir e me empenhar na construção de um novo conceito de missão da Igreja, baseado totalmente no diálogo – entre culturas, religiões, gerações – e que tem sempre como horizonte o encontro com o outro em sua realidade”, disse.

O curso teve início em janeiro de 2020 com um módulo presencial. Uma missa foi celebrada na sede da Faculdade de Teologia para marcar o início do 1º curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Missiologia. O segundo e o terceiro módulos aconteceram de modo virtual com aulas online por causa da pandemia da Covid-19. Durante a formação, os alunos assistiam às aulas no período da manhã, das 8h15 às 11h45, e participavam das orientações pedagógicas no período da tarde. A conclusão da pós-graduação se dará com a apresentação do trabalho de conclusão.

O curso é uma concretização de inspirações do Programa Missionário Nacional (PMN 2019-2023) e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), aprovada spelo episcopado brasileiro, em maio de 2019, na 57ª Assembleia.

Fonte: CNBB