Dom Jaime Spengler no 5º CMN: “Quando o coração arde, os pés ganham asas”

Em um país que é uma mistura de raças e culturas, a Igreja do Brasil anuncia o Evangelho de diferentes modos. Uma Igreja que aos poucos vai assumindo a Missão ad Gentes, devolvendo à Igreja universal os frutos do tempo em que missionários e missionárias chegados ao Brasil foram plantando a semente do Evangelho.

Missão ad Gentes
Essa dimensão missionária ad gentes podemos dizer que é o elemento fundamental do 5º Congresso Missionário Nacional que se realiza em Manaus de 10 a 15 de novembro e que teve sua abertura na tarde desta sexta-feira 10 de novembro com uma Eucaristia presidida por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre y presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Acolhidos pelo Cardeal Leonardo Steiner, os 800 participantes do Congresso receberam as “boas-vindas a nossa querida Arquidiocese de Manaus, boas-vindas a nossa querida Amazônia, bem-vindos, bem-vindas a nosso 5º Congresso Missionário Nacional”, destacando o esforço realizado pelas diferentes equipes para acolhê-los bem. Isso para que “nos nossos corações possa arder o desejo missionário e os nossos pés alegremente se coloquem cada vez mais a caminho”. O arcebispo local agradeceu aos participantes por terem vindo, por estar aqui.

O que fazer?
Os participantes foram questionados por Dom Jaime Spengler a se perguntar sobre o que fazer, uma pergunta que se faz o administrador da parábola do Evangelho do dia e que deve ser feita diante dos desafios com os quais nos vemos confrontados na evangelização, na missão. Ele insistiu em que Jesus elogia a esperteza do administrador, não elogia a desonestidade, mas a esperteza em aproveitar a ocasião. Algo que somos chamados a fazer como discípulos e discípulas em um mundo marcado por desigualdades e contradições.

Analisando as leituras destacou a anúncio do querigma, nas palavras de Pedro e o chamado de Paulo a anunciar com bondade e ciência o que Cristo realizou. Segundo o arcebispo de Porto Alegre, Jesus nos envia, “ide anunciar o Evangelho da vida”, ressaltando com as palavras de São Paulo VI que o ser humano hoje ouvi com muita mais atenção as testemunhas do que os mestres.

O amor por Cristo consome quem se sente tocado
O presidente da CNBB afirmou que somos enviados para anunciar o Evangelho, a todos, em uma missão a ser assumida por todos os batizados e batizadas, dado que “o ser discípulos de Jesus nos torna missionários e missionárias”, insistiu. Segundo o arcebispo, “quando o coração arde, os pés ganham assas, o amor por Cristo consome quem se sente tocado, atingido, amado, que decide formar outros”. Ele enfatizou que não vendemos um produto, temos uma vida divina para anunciar, testemunhamos a Jesus que nos amou primeiro.

Algo a ser realizado sempre, em toda parte, sermos testemunhas no jeito de ser, de conviver, que ilumina nossas decisões, escolhas, em um mundo em constantes transformações, chamados a renovar tudo para avançar, para olhar para frente, segundo Dom Jaime Spengler que afirmando que alguns querem andar para trás, fez um chamado a renovar-se, algo que requer conversão, uma forma nova anunciar a Jesus, de seu modo de acolher a todos e se fazer próximos, fazer nosso o jeitos de ser e viver de Jesus.

Um Jesus que não é uma ideologia, e sim uma pessoa, definindo o Evangelho como proposta de vida e ressaltando que as pessoas com quem nos encontramos, não são um número, são pessoas que tem uma identidade, um rosto, pois em toda pessoa se formam traços do rosto amado do Pai.

Mensagem do Papa Francisco
Uma celebração que concluiu com a leitura da mensagem do Papa Francisco, que lembrou que “a Igreja local não deve fechar-se em si mesma, em suas fronteiras geográficas e culturais, mas é chamada a partir para os ‘confins do mundo’, levando a mensagem de Cristo a outras terras, evangelizando novas culturas”, e que, seguindo o tema do Congresso, “é necessário permitir que Jesus caminhe conosco, deixar que Ele trilhe junto de nós a estrada da nossa vida”. Ele um pedido aos participantes: “não deixeis esmorecer o ardor, que certamente experimentareis durante o Congresso”, ressaltando o fato de que “esse Congresso se realize no centro da querida Amazônia, sempre presente em minhas orações e em meu coração”.

 

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