As consequências imediatas das crises ambientais para as pessoas mais vulneráveis estão no centro do Dia Mundial da Ajuda Humanitária, que as Nações Unidas celebram neste dia 19 de agosto. A Cáritas Internacional apela para que a segurança e o apoio sejam garantidos às populações afegãs e haitianas e para o fornecimento das necessidades básicas ao povo libanês.
São muitas as situações de emergência suscitadas por fenômenos naturais ou pelos homens que causam transtorno, sobretudo aos países mais pobres do mundo: pandemia da Covid-19, degradação ambiental, aumento do nível do mar, secas, inundações, incêndios florestais, e agora, a crise no Afeganistão e Líbano e o terremoto no Haiti.
Estas emergências confirmam que a “ecologia humana integral” evocada pelo Papa Francisco “é a única solução”. É o que afirma a Cáritas Internacional por ocasião do “Dia Mundial da Ajuda Humanitária”, celebrado nesta quinta-feira, 19 de agosto.
O organismo católico, que reúne 162 organizações caritativas que atuam em 200 países, exorta os responsáveis políticos a “dar passos corajosos”: “sem uma deliberação política determinada, a vida humana corre perigo. Se parte da humanidade sofre, toda a família humana também sofre”.
Neste dia, a Cáritas Internacional faz seus prementes apelos:
1. Aos líderes mundiais pede, acima de tudo, para enviar verbas suficientes às comunidades locais, para realizar suas atividades de desenvolvimento comunitário, agrícolas e não agrícolas, que possam garantir meios de subsistência e segurança alimentar.
2. As comunidades locais devem ser envolvidas nas intervenções humanitárias, deixando-lhes um espaço prioritário na gestão dos desastres ambientais.
3. A Cáritas Internacional, recorda a necessidade de incentivar os governos locais para agir, de modo eficaz, em estreita colaboração, com as organizações da sociedade civil e grupos religiosos, diante das consequências das mudanças climáticas.
4. Acesso à assistência básica da saúde integral aos mais vulneráveis, inclusive vacinas para doenças letais.
5. Os líderes políticos são convidados a se comprometer com a promoção de políticas econômicas e industriais globais, destinadas a minimizar o impacto do aquecimento global e a degradação dos ecossistemas.
Neste sentido, a Cáritas exorta a COP-26 de Glasgow (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) a tratar deste tema com urgente prioridade, propondo soluções concretas e adequadas, mediante recursos e meios suficientes.
Por fim, neste Dia Mundial da Ajuda Humanitária, a Cáritas Internacional recorda os últimos desdobramentos da situação no Afeganistão e Líbano, reiterando a necessidade de “garantir a segurança da população afegã e o envio de verbas para suprir as necessidades básicas do povo libanês.
Fonte: Vatican News