Neste sábado, 7 de dezembro, o Papa Franciso celebrará o décimo Consistório Ordinário Público para a Criação de novos cardeais de seu pontificado. A cerimônia marca a entrada de novos membros no Colégio Cardinalício, que são os colaboradores mais próximos do Papa e os responsáveis pela eleição de um novo bispo de Roma no caso de um Conclave. Entre os 21 escolhidos por Francisco, está o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, que também preside o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam).
Significado
O termo “Consistório” tem origem no latim e significa “reunião” ou “conselho”. E esse é o nome dado às reuniões do Papa com o Colégio de cardeais. Nos Consistórios Ordinários Públicos, são criados novos cardeais, e nos extraordinários são debatidos assuntos importantes sobre a missão da Igreja.
Colégio de Cardeais
Sobre o Colégio de Cardeais, o Código de Direito Canônico o define como um Colégio peculiar com a competência de eleger o Romano Pontífice, o Papa, e tratar juntos questões importantes para auxiliar o Papa no governo da Igreja universal.
Sua origem histórica remete à Igreja antiga, quando o Papa tinha como colaboradores alguns presbíteros responsáveis pelo cuidado das mais antigas igrejas de Roma, diáconos que administravam o Palácio de Latrão e os sete departamentos de Roma, e os bispos suburbicários, ou seja das dioceses próximas de Roma. A partir dos colaboradores nasceram os cardeais e as três ordens: os cardeais-bispos, os cardeais-presbíteros e os cardeais-diáconos.
A ordem episcopal é composta pelos cardeais que possuem o título das Igrejas suburbicárias (as sete dioceses cardinalícias localizadas em torno de Roma, na região do Lácio). Já as ordens presbiteral e diaconal são formadas pelos cardeais aos quais o Papa designa um título ou diaconia da Cidade de Roma.
Há no Colégio Cardinalício o cardeal Decano, que possui o título da diocese de Ostia.
A missão de eleger um novo Papa, em casos de morte ou renúncia do pontífice, foi restrita pelo Papa Nicolau II, em 1059, apenas aos cardeais bispos romanos e não mais ao clero da diocese de Roma. Em 1179, Papa Alexandre III ampliou este direito a todos os cardeais. No século XII, começaram a ser nomeados cardeais também os prelados residentes fora de Roma.
Uma marca do pontificado do Papa Francisco em suas nomeações para o cardinalato é que haja a representação da Igreja universal.
“A proveniência deles expressa a universalidade da Igreja que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra. A inclusão na diocese de Roma manifesta, portanto, o vínculo inseparável entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares espalhadas pelo mundo”, afirmou o Papa Francisco no dia do anúncio, em 6 de outubro.
Fonte: CNBB